Taxistas angolanos iniciaram uma paralisação de três dias. Embora se tenha falado num cancelamento, a associação de táxis reiterou a greve nos dias 28, 29 e 30, numa altura de protestos contra aumento nos combustíveis.
Ao todo serão três dias de paralisação: segunda, terça e quarta-feira. Apesar de informações sobre um suposto cancelamento, Miguel Pereira, o presidente do conselho fiscal da Associação dos Taxistas de Angola (ATA), disse à DW que a greve continua "em pé" para os dias 28, 29 e 30 de julho.
Grupos de manifestantes organizaram barricadas com pneus queimados e lixo, bloqueando ruas como a Avenida Fidel de Castro, Estrada Direita, Calemba 2, Camama e Cacuaco, registaram-se saques a lojas e armazéns, vandalização de viaturas (incluindo autocarros públicos e policiais) e ataques a bens públicos e privados. A polícia Nacional reagiu com disparos e ordenou prisões em diversos pontos da capital, mas em muitos locais não conseguiu conter a turba sozinha.
A Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) distanciou-se das ações violentas, referindo que foram praticadas por "oportunistas" alheios à paralisação originalmente pacífica. A greve também foi cancelada pela organização.
O presidente da Cooperativa de Táxis Comunitários de Angola, Rafael Inácio, reforçou a crítica ao vandalismo e ao aproveitamento político da situação.
-Balance provisório
4 pessoas mortas e mais de 500 detenções até o final de 29 de julho, segundo a Polícia Nacional
Aproximadamente 45 lojas vandalizadas, 25 viaturas privadas danificadas, 20 autocarros públicos afetados e três agências bancárias alvo de pilhagem.
FONTE: RNA, PNA
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