Bravura das Palancas Negras garante passe aos “quartos”

Karas & Koroas
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A luva de "ferro do gigante" Dominique foi determinante para segurar o que a Selecção precisava para reentrar em jogo, no livre que originou a expulsão de Neblu aos 17’, castigado com um jogo de suspensão.


A defesa irrepreensível de Dominique valeu tanto quanto o bis oportuno de Gelson e a machadada final de Mabululu, ficaram golos por marcar, mas o 3-0 serviu para o merecido apuramento aos quartos-de-final.

A Namíbia não teve tempo para perceber bem o que lhe aconteceu, pois não conseguiu tirar proveito da vantagem numérica. Até certo ponto, foi a pressa de ir ao pote que originou a desorganização táctica aproveitada pela dupla Fredy/ Gilberto para o contra-golpe mortal. O capitão angolano serviu numa bandeja longa o Gelson Dala e o guloso oportuno teve apetite aos 38’ para abrir o marcador.

As Palancas Negras ficaram mais do que energizadas porque dois minutos depois Haukongo viu o vermelho. Os Bravos Guerreiros ainda estavam a tentar fazer o reajuste táctico quando a assistência de canto de Fredy fez o Gelson Dala bisar de cabeça aos 42' para 2-0, resultado que levou as selecções ao intervalo.
O raio caiu duas vezes no Estádio da Paz, mas quem estava atordoada era a selecção namibiana, porque tudo de bom acontecia aos angolanos. Bem a controlar o ritmo, a Selecção Nacional não caiu na tentação de gerir a vantagem. O contrário aconteceu, pois a equipa nacional correu como se estivesse atrás do prejuízo, cada lance era como o último do jogo.

A insatisfação competitiva chegou e bastou para fazer mossa aos Bravos Guerreiros. Certamente, estavam à espera que as Palancas Negras abrandassem o lume do lume, mas a cada jogada a selecção abanava e metia mais lenha para impedir que o fogo se extinguisse em campo.

Com o estádio todo a puxar na mesma direcção, as Palancas Negras mostraram gratidão ao jogar para as bancadas, a vincar que eram donos e senhores da eliminatória. Estavam com o controlo total, mas encurtaram o adversário com a largura, comprimento e profundidade ofensiva, determinantes para uma segunda parte mais tranquila, na qual só existiu uma única equipa.

A bem da verdade, foi este espírito competitivo que deu grandeza as Palancas Negras para vulgarizarem os Bravos Guerreiros. O campo ficou inclinado e era tão acentuado o domínio angolano que as oportunidades de golos pareciam um replay. O impressionante caudal ofensivo levou de enxurrada a selecção namibiana, ficou pelas intenções e nunca constituiu perigo, em parte porque ficou sem soluções desde que sofreu o primeiro golo.

O terceiro tento era apenas uma questão de tempo, mas a assistência de Gelson Dala valeu tanto quanto o arco perfeito de Mabululu aos 66’. Ainda havia muito tempo para jogar e oportunidades de tentar a goleada, mas o "perdão” ofensivo não poupou o adversário, porque nunca teve chances de entrar na discussão da eliminatória.

Pedro Gonçalves "Estamos felizes com o apuramento
Angola cruza com a Nigéria

A selecção da Nigéria é o próximo adversário de Angola nos quartos-de-final, a disputar-se no dia 2 de Fevereiro (sexta-feira), no Estádio Félix Houhphet-Boigny, em Abidjan, mercê da vitória por 2-0, diante dos Camarões.

Os nigerianos entraram ontem confiantes e desfez o nulo, logo ao nono minuto, por intermédio de Semi Ajayi, mas o VAR entrou em acção e anulou o lance, por posição irregular.
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